quais as fases do cubismo
fases do cubismo | a fase cezanniana
Tal como o próprio nome indica, foi fortemente influenciada pela obra de Cézanne.
Assim sendo, o Cubismo verá como início a manutenção e desenvolvimento da técnica desenvolvida por este pintor Pós-Impressionista.
Pode ficar a conhecer Cézanne carregando na ligação.
Este é um dos quadros mais representativos desta fase e, também, aquele que marca o início da mesma.
As características principais da fase cezanniana são:
- Temática de paisagem ou figura humana em atelier;
- Representação racional e geométrica das formas (segundo a ideia de Cézanne de que tudo pode ser reduzido à sua forma geométrica-base);
- Formas delineadas por contornos quebrados;
- Manutenção dos volumes;
- Existência de perspectivas múltiplas com o desdobramento dos planos;
- Rostos são simplificados ou, então, representados como máscaras (influência da arte africana);
- Paleta cromática reduzida.
fases do cubismo | a fase analítica
Esta será a fase mais representativa do cubismo e onde Braque e Picasso conseguirão levar mais longe aquilo que haviam postulado teoricamente.
É a partir da fase analítica que o cubismo começa a ser apelidado como pintura abstracta – o que estava longe da intenção dos artistas, mas que é compreensível pelo resultado quase irreconhecível da representação.
Esta resulta da visão simultânea e multifacetada de vários planos do motivo observado (introdução da Quarta Dimensão), fazendo com que o mesmo pareça quase estar a implodir na tela e o objecto perde as suas características formais reconhecíveis à primeira vista. Ainda assim, mantém-se um certo estatismo nas formas pelo uso de planos achatados.
A fase analítica é marcada por:
- Temáticas de atelier, como sejam retratos e naturezas-mortas;
- Acentuada geometrização das formas, com a prática de perspectivas múltiplas – as formas desdobram-se em vários planos, completamente achatados;
- Anulação do fundo (confunde-se com o motivo, que invade totalmente a superfície do quadro);
- Bidimensionalidade completa;
- Bicromia: os pintores usavam exclusivamente ocres e cinzas.
fases do cubismo | a fase Sintética
A partir de 1912, o Cubismo abre portas a novos pintores, como Albert Gleizes, Jean Metzinger, Francis Picabia, Juan Gris, Marcel Duchamp, Robert Delaunay, entre outros.
Esta fase surge, ainda, como uma cristalização de toda a actividade desenvolvida pelos pioneiros Braque e Picasso. Como Juan Gris disse, o Cubismo era «(…) uma arte de síntese, uma arte dedutiva», e terá sido nesse sentido que a fase sintética vê um recuo em relação à produção da fase analítica.
Deste modo, na fase sintética observamos telas com motivos mais reconhecíveis.
Pouco se alterará em relação à fase anterior, mas algumas características salientam-se:
- Formas geometrizadas e planas (embora com menos planos e pontos de vista que na fase analítica);
- Regresso à policromia.
3 Comentários.
[…] radical e optavam por representar os objetos utilizando linhas, formas e cores diferentes. O Cubismo, por exemplo, foi um movimento artístico que fragmentou o objeto e que usou formas geométricas […]
Muito bem feito, vai deixar meu trabalho mais fácil com essa informações. 🙂
Obrigada pelo comentário. Ficamos felizes por os nossos posts serem úteis