O Impressionismo – pinturas de luz e cor
Conheça o Impressionismo neste e-book
Constitui um movimento de ruptura relativamente aos cânones académicos contrapondo a estes a pintura feita nos locais, ao ar livre e a captação das variações de luz e cores da Natureza.
Os artistas procuram libertar-se da simetria e dos conceitos geométricos, passando a obedecer à sua própria perceção sensorial no momento da criação.
O movimento impressionista é assim, e acima de tudo, a afirmação da liberdade de expressão individual do artista.
É por esta razão que quando definimos as caraterísticas da pintura impressionista e analisamos algumas obras dos artistas normalmente integrados neste movimento podemos ter alguma dificuldade de “arrumação”.
Por vezes obras de artistas definidos como impressionistas não contêm as caraterísticas que em história de arte estabelecemos como definidoras deste movimento.
Mas é esta afinal a essência do movimento impressionista: a liberdade individual.
A Exposição dos impressionistas em 1874
É considerada como o marco do início do movimento impressionista a exposição dos impressionistas que se realizou em 1874 no atelier do fotógrafo Félix Nadar.
Claude Monet, Paul Cézanne, Pierre Auguste Renoir, Alfred Sisley, Camille Pissarro, Berthe Morisot e Edgar Degas, são alguns entre 29 participantes.
Impressão, nascer do sol, Claude Monet, Museu Marmottan Monet
Foi nesta exposição que nasceu a expressão “Impressionismo”. O crítico de arte Louis Leroy, com a intenção de menosprezar este novo tipo de arte que fugia aos cânones académicos, utilizou esta designação a partir da obra exposta de Claude Monet, Impressão, Nascer do Sol.
O baile no Moulin de la Galette
O baile no Moulin de la Galette – Pierre Auguste Renoir, 1876, óleo sobre tela, Musée d’Orsay, Paris
O quadro foi pintado em Paris, no bairro de Montmartre, e retrata um tema frequente na pintura impressionista: a vida burguesa.
É talvez a obra mais conhecida de Pierre Auguste Renoir e reflete algumas das principais caraterísticas do impressionismo.
Captar o momento – a pintura deveria ser capaz de captar o momento, o instante modelado pela luz e pelo movimento.
Luz e cor – As figuras mudam de cambiante conforme o momento do dia e a incidência da luz.
Pintura ao ar livre – privilegiavam a pintura realizada em exterior, ao ar livre, que permitia a captação das variações de cor da Natureza.
Sombras – as sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como a impressão visual que nos causam. Assim, os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos recorrendo a cores complementares.
Cores – as cores e tons não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta. Devem ser puras e dissociadas nos quadros em pinceladas soltas. As cores e tons passam a ser apropriadas pelo observador. A construção das tonalidades passa a ser fundamentalmente óptica.
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Rute Ferreira
Sou professora de Arte, com formação em Teatro, História da Arte e Museologia. Também sou especialista em Educação à Distância e atuo na educação básica. Escrevo regularmente no blog do Citaliarestauro.com e na Dailyartmagazine.com. Acredito firmemente que a história da arte é a verdadeira história da humanidade.