Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence, a 19 de Janeiro de 1839. Vamos conhecer um pouco dos seus conceitos que foram fundamentais para as inovações artísticas do Sec. XX, nomeadamente para o movimento cubista.
Paul Cézanne foi um pintor francês influente no movimento pós impressionista, cujas representações do mundo natural, baseadas em planos geométricos, traçou o caminho para o Cubismo e outros movimentos artísticos modernos.
Paul Cézanne
Cézanne focava-se na exploração da estrutura formal subjacente das naturezas-mortas, retratos e paisagens. Em vez de descrever a impressão geral de uma cena, nas suas pinturas, Cézanne procurou articular a organização subjacente da paisagem e sugeriu que esta é construída a partir de componentes geométricos simples.
As Banhistas (c.1894-1905), Paul Cézanne (National Gallery, Londres – Reino Unido).
Numa famosa citação de uma carta ao pintor simbolista Émile Bernard, Cézanne explica:
«Tudo na Natureza se modela como esferas, cones e cilindros. Devemos aprender a pintar baseados nestas formas simples e só depois seremos capazes de fazer tudo quanto quisermos.»
Fazia uso nas suas pinturas da criação de planos de cor de formas geométricas simples. Criava assim uma união coesa entre as figuras em primeiro plano e os elementos de fundo, articulando superfície e profundidade.
São particularmente conhecidas as suas paisagens e representações da Natureza.
Segue um estilo analítico, procurando representar a Natureza através de linhas, planos e cores ordenados num determinado modo. O pintor apresenta-nos imagens tridimensionais, criando a perspetiva através da justaposição de cores quentes com cores frias.
As suas paisagens raramente apresentam a forma humana porque o seu interesse reside em explorar as propriedades visuais das formas e das cores e respetivo inter-relacionamento.
Inovação e influência
Cézanne será, possivelmente, o mais influente dos artistas Pós-Impressionistas, sendo o responsável por forjar uma ligação entre o Impressionismo e o Cubismo.
As suas inovações foram imensamente influentes para os mestres da Modernidade, como Henri Matisse e Pablo Picasso. Este último considerou-o mesmo como «o pai de todos nós».