Três kilometros a norte de Luxor, o complexo de Karnak – onde se situa o Templo de Amon -, na margem leste do rio Nilo, era o maior do reino ocupando uma área de 100 hectares de terra com 80 000 pessoas a seu serviço na era de Ramsés III.
Por Diana Ferreira | Curso Online Guia de Tesouros Arquitetónicos – do antigo Egito a Bizâncio.
Imagem de capa: Avenida de acesso ladeada de esfinges com corpo de leão e cabeça de carneiro, o animal sagrado de Amon.
Templo de amon
Parte das ruínas do templo de Amon e do Lago Sagrado.
Quando, no Império Novo, a antiga Tebas foi capital do reino egípcio durante 1500 anos, o centro religioso mais importante localizava-se em Karnak.
Três kilometros a norte de Luxor, o seu complexo, na margem leste do rio Nilo, era o maior do reino ocupando uma área de 100 hectares de terra com 80 000 pessoas a seu serviço na era de Ramsés III.
Pouco nos resta para ver da antiga cidade de Tebas, mas os templos de Luxor e de Karnak são uma exceção. Este último em análise, é o mais famoso e visitado a seguir às pirâmides de Gizé.
Um museu a céu aberto que maravilha visitantes de todo o mundo, com a sua arquitetura colossal, os seus pilones, pátios, salas, estátuas, obeliscos e baixos-relevos.
Sala Hipóstila do Templo de Amon, outrora com 134 colunas papiriformes.
Centro religioso do império
O complexo de Karnak foi durante muito tempo o principal centro religioso do Egito, porém quando o faraó Akhenaton tomou o poder e abandonou o culto a Amon, substituindo-o pelo deus-sol Aton, construiu-se uma nova capital e novos templos, esquecendo o anterior até à morte do monarca.
Foi então que a veneração a Aton foi passando e Karnak voltou a ser o centro religioso do império.
Contudo, o grave estado das fundações acabou por colapsar a 3 de outubro de 1899, transformando o amplo e famoso recinto em ruínas de pedra com colunas tombadas, arquitraves derrubadas, estátuas destruídas e jardins desaparecidos.
Foram necessárias várias décadas até iniciarem os trabalhos de reconstrução de um espaço importantíssimo para o país, contributo de vários monarcas que foram ampliando o santuário, e que ainda hoje constitui uma atração quase mágica para os visitantes que ficam fascinados pela civilização egípcia.
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