Conservação de cerâmica arqueológica – curso online
sistematiza os métodos e procedimentos de intervenção, exemplificados com estudos de caso
Em que consiste cada uma destas 6 etapas:
Marcação
O processo de marcação, seleção e montagem de fragmentos deve ser o mais cuidadoso possível e sempre acompanhado de registo e etiquetagem de cada um deles. Só assim se conseguirá um eficiente trabalho e evita-se eventuais perdas de informação.
Nesta fase deve ser criada uma ficha técnica para cada peça, com a respetiva identificação, na qual serão registadas todas as intervenções efetuadas.
Limpeza
O conceito de limpeza inclui toda a ação dirigida a suprimir todo o tipo de sujidade ou manchas que interfiram na estética da peça ou a sua integridade original.
Esta é uma operação muito comum no tratamento de conservação e restauro, no entanto, é uma das mais delicadas por ser um tratamento irreversível, isto porque, tudo o que for removido com este processo nunca poderá ser restituído.
Segundo o tipo de sujidade, a natureza da peça e seus componentes, será escolhido o método de limpeza e os materiais a utilizar.
Consolidação
Tratamento de conservação destinado a devolver a coesão ou consistência dos materiais ou técnicas decorativas (vidrados, engobes).
Estas podem ter sido perdidas por diversos fatores e podem manifestar-se através de estados pulverulentos ou destacamentos.
Colagem
Previamente à operação de colagem todos os fragmentos devem estar limpos e estabilizados.
Antes de se realizar esta operação deve ser estabelecida uma ordem de colagem dos fragmentos por forma a realizar o processo da forma mais eficaz possível sem deixar nenhum dos fragmentos da peça.
Utiliza-se normalmente um adesivo diluído em solvente.
Preenchimentos
Existem vários tipos de materiais que podem ser utilizados para preenchimentos, estes devem ser escolhidos consoante o tipo de material da peça e com a forma de aplicação mais adequada a lacuna que se pretende preencher.
Reintegração
A reintegração é uma técnica de restauro que permite integrar esteticamente uma peça, completando falhas de decoração e devolvendo-lhe a sua leitura.
O seu objetivo deve ser exclusivamente o de devolver leitura à peça. Não são eticamente aceites outros objetivos ou reintegrações que possam assumir um papel “decorativo”.
Independentemente do método escolhido ser mimético ou diferenciado, este método deve limitar-se exclusivamente às lacunas presentes na peça, e deve ser realizada com materiais inócuos, reversíveis e que respeitem o material original e a sua história.
Qualquer reintegração deve respeitar o principio do reconhecimento da intervenção, isto é, deve dar leitura à peça mas ser perfeitamente distinguido do original.