Viseu – história, cultura e arte
Évora – história, cultura e arte
Guia da Basílica de São Pedro
Guia da Catedral de Santiago de Compostela
Tesouros arquitetónicos – da arquitetura egípcia ao desconstrutivismo: pacote de 4 cursos + E-book
Guia para a Preservação do Património Cultural
Guia de Roma – património arquitetónico
Guia de Paris – património arquitetónico
O que foi o Renascimento na Arquitetura
E na arquitetura, o que foi o renascimento ?
As artes tornaram-se independentes e pela primeira vez o arquiteto vê o seu papel reconhecido deixando de ser um desenhador-pedreiro anónimo.
Os projetos, essencialmente palácios das elites da época, foram baseados nas figuras geométricas simples, na simetria, horizontalidade, simplicidade e harmonia das formas, numa nítida influência clássica, revestida de pedra almofadada.
Utilizaram as suas colunas, ordens, frontões e arcos romanos, nos quais os arquitetos não tentaram copiar as suas formas, mas sim adapta-las às exigências da sua época.
Entre 1450 e 1478, em Florença foram construídos trinta palácios, seguindo o protótipo renascentista criado por Michelozzo no Palazzo Medici.
Os melhores exemplares encontram-se em Florença e são o Palazzo Rucellai da autoria de Alberti; o Medici-Riccardi, de Michelozzo; o Strozzi com projeto de Benetto da Maiano; o Pitti, atribuído a Brunelleschi e os Uffizi, de Giorgio Vasari, nos quais podemos verificar as semelhanças entre eles e a clara influência classicista.
O que foi o Renascimento – os Tratados de Arquitetura
Para compreendermos o que foi o Renascimento temos de olhar para um fator importante neste período, que favoreceu o Humanismo e a acelerada difusão de conhecimentos, foi a invenção da imprensa por Gutenberg (1398-1468), que permitiu a produção em série mais rápida e económica.
Os livros começaram a circular para além do clero e das cortes, promovendo o saber, a contestação à autoridade da Igreja e o aparecimento de grandes artistas e mecenas, tornando-se um poderoso meio de difusão de ideias.
Até então os livros eram manuscritos, demorando um ano a copiar um único exemplar da Bíblia e Gutenberg permitiu a impressão de centenas de exemplares no mesmo prazo.
Foi nesta época (cerca de 1450) publicado o primeiro Tratado de Arquitetura Renascentista de Leon Battista Alberti “De re aedificatoria”, onde foram analisados com rigor matemático os principais elementos da arquitetura, as proporções ideais, os materiais de construção e o efeito da cor, entre outros.
De grande importância foi também a tradução impressa do Tratado de Arquitetura de Vitrúvio (arquiteto romano do século I a.C) e o de Andrea Palladio (arquiteto renascentista, Pádua 1508 – Vicenza 1580), que se baseavam nas formas clássicas e que se tornaram as bíblias dos arquitetos.
O que foi o Renascimento – o papel de Florença
Para responder à questão sobre o que foi o Renascimento temos obrigatoriamente de falar sobre Florença, a grande pioneira no desenvolvimento do Renascimento, cidade em expansão com o contributo do comércio, das atividades financeiras e das artes e ofícios, alcançou o primeiro lugar na Europa apoiada pelas famílias burguesas ligadas à cultura.
O que foi o Renascimento no “cinquecento”
No entanto, foi no “cinquecento” que perdeu a sua posição soberana de centro artístico transferindo a capital da cultura para Roma.
Aqui se iniciou um desenvolvimento das artes direcionado pelo papado, que se cercou dos melhores artistas tentando unir o poder e a grandeza da Igreja por intermédio da arte e da cultura.
Uma espécie de propaganda, que tornou Roma muito atrativa a artistas apreciadores da cultura clássica e em busca de encomendas lucrativas, e que atingiu o seu auge com o papa Júlio II (1503-13), sobrinho de Sisto IV (1471-1484) o encomendador da Capela Sistina.