A Conservação preventiva constitui um dos mais importantes aspetos a ter em consideração na área da museologia . É através de um adequado planeamento de conservação preventiva que se garante a preservação de um acervo e se evitam gastos futuros.
A Conservação em contexto profissional e privado
Vamos neste artigo sistematizar o que se entende por conservação nos seus diversos níveis de intervenção. Estes conceitos são fundamentais no contexto profissional da Museologia. Podem ser transpostos para a nossa vivência privada? Claro que sim. Se os aplicarmos aos nossos acervos privados teremos muito mais a transmitir do nosso Património familiar às gerações futuras.
Conceito de Conservação
De acordo com a definição do ICOM – International Council of Museums entende-se por conservação “todas as medidas e ações levadas a cabo para a salvaguarda do património cultural tangível assegurando o seu acesso às gerações presentes e futuras“.
A Conservação engloba:
Conservação Preventiva
Não se atua diretamente sobre o objeto, eliminam-se os potenciais fatores de degradação, ou seja intervém-se no meio ambiente em que o objeto se encontra.
Exemplos: medidas e ações necessárias para o registo, armazenamento, manipulação, embalagem e transporte, controlo das condições ambientais, planificação de emergência, formação dos profissionais, sensibilização do público.
Conservação Curativa
Atua diretamente sobre o objeto interrompendo ou atrasando a sua degradação;
Exemplos: desinfestação de têxteis e de madeiras, desacidificação do papel, consolidação de pinturas murais.
Restauro
Ações sobre o objeto que têm por objetivo restabelecer o valor estético devolvendo ao bem a sua leitura e compreensão. Estas ações só se realizam quando o bem perdeu uma parte do seu significado ou função através de uma alteração ou deterioração.
Exemplos: reintegração cromática de pinturas, assemblagem de uma escultura com lacunas, reintegração de lacunas.
Saiba como implementar um plano de conservação preventiva de forma detalhada: