O que era a mumificação no Antigo Egito

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Neste artigo saiba o que era a mumificação no Antigo Egito .

Qual o seu objetivo e significado na religião do Antigo Egito.

Como era realizado este processo que, segundo Heródoto, demorava 70 dias.

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O objetivo da mumificação

processo de mumificação assumia grande importância no culto religioso egípcio, tido que era o meio de preservação do corpo.

A mumificação é uma técnica usada para preservar humanos e animais.

Os egípcios acreditavam que se tratava de um processo essencial para assegurar a passagem do morto para a outra vida.

Por isso, quando um egípcio morria, os embalsamadores recolhiam o corpo para um local próprio, onde procediam à mumificação.

O processo de mumificação

Conhecemos hoje o processo de embalsamamento graças ao relato do historiador grego Heródoto (nascido no século V a.C.).

Heródoto descreveu o processo com pormenor nas suas Histórias.

Estes relatos são confirmados pela ciência contemporânea.

No século IV a.C. os corpos eram enterrados no deserto, na areia quente que eliminava a humidade dos corpos e tratava a putrefação do corpo.

Quando os cadáveres começaram a ser colocados num caixão e num túmulo, surgiu a mumificação artificial.

O objetivo era preservar os corpos e estes serem reconhecidos pelo ka do defunto e juntar-se a ele após a morte.

Os embalsamadores profissionais, altamente qualificados, seguiam uma série de rituais.

Mas apenas após acordarem com a família o tipo de embalsamamento e o preço.

Os 70 dias do processo de mumificação no Antigo Egito

Segundo conta Heródoto, todo o processo demorava normalmente setenta dias.

Começava com a purificação do defunto durante três dias.

A primeira parte do processo era constituída essencialmente de orações cujo objectivo seria o de reanimar o morto.

De seguida, o corpo era lavado, como forma de purificação.

A extração dos orgãos

O cérebro era retirado através de um gancho introduzido pelas vias nasais e os órgãos eram extraídos por um corte lateral no corpo.

O coração seria o único a permanecer, porque se acreditava que era necessário para controlar o corpo na vida no outro mundo.

Os vasos canopos

Os órgãos eram conservados em sal natural e enrolados em linho, para depois serem colocados nos vasos canopos.

vasos canopos da XIX disnastia. Museu Egípcio de Berlim

Geralmente em alabastro, cerâmica ou faiança, eram colocados na câmara funerária, com o sarcófago.

Uma vez que o corpo se encontrasse limpo, o seu interior era preenchido com sal natural (natrão) para secar.

Também se passava sal no exterior com o mesmo fim.

Quando o corpo estivesse seco, era preenchido com palha de modo a restituir-lhe a sua forma original.

Depois, era perfumado e envolto em bandas de linho.

A mumificação dos faraós

Sarcofago egipcio

Sarcófago de Mesrē. Madeira revestida, pintada e folheada a ouro, da XVIII dinastia egípcia (1550–1295 a.C.). Museu do Louvre.

 

Era suposto o morto ser devidamente reconhecido no Além.

Por isso usaria ainda uma máscara, geralmente feita em materiais preciosos, como ouro e lápis-lazúli.

Estes elementos representam respectivamente a carne e o cabelo dos deuses.

Tal como muitas vezes assistimos, os braços da múmia são cruzados sobre o peito, colocando numa mão um chicote e na outra o ceptro real (no caso dos faraós).

No túmulo, o sarcófago contendo a múmia seria rodeado por vários pertences da vida terrena e tudo aquilo que se considerasse que o morto necessitaria para a sua vida além da morte.

E, finalmente, o túmulo seria lacrado para que o morto pudesse fazer a sua passagem em paz, rumo ao reino de Osíris.


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