Pensar no que diferencia o mercado de obras de arte dos restantes mercados pode ser exercício complexo. A obra de arte enquanto produto de mercado e forma de investimento é uma incontornável realidade.
E os fatores que influenciam o mercado das artes são inúmeros e frequentemente imponderáveis.
Do mesmo modo as formas de colocar obras de arte no mercado desmultiplicam-se com a economia digital que abre novos caminhos no mercado de obras de arte .
Perceber como funciona o mercado de obras de arte é um exercício indispensável para todos quantos lidam de alguma forma com obras de arte .
Os artistas enquanto produtores deverão saber como funciona mercado de obras de arte pois é neste contexto que vão estabelecer a sua relação com os seus públicos. Os historiadores de arte, museólogos e curadores de arte deverão também olhar para uma obra de arte em função do seu valor no mercado das artes pois, queiramos ou não, a nossa sociedade tem no consumo a sua principal caraterística.
Responder à questão como funciona mercado de obras de arte e quais os fatores que o influenciam é o objetivo do curso Mercado de Arte .
Vamos ler as primeiras palavras deste curso pela autora Rute Ferreira.
como funciona o mercado de obras de arte
o lugar da arte
A arte faz parte da trajetória humana e se inscreve nela há milhares de anos. Seu lugar, entretanto, modificou-se ao longo do percurso, saindo da condição primária de ritual para de produto mercantil. Sabemos que essa mudança não aconteceu bruscamente, mas de forma progressiva e gradual, e a arte contemporânea é o ponto alto dessa cultura de mercado, sobretudo por se ligar intimamente a uma sociedade que tem no consumo a sua principal característica.
o mercado de obras de arte
Girassóis, do pintor holandês Van Gogh, foi comprada por uma companhia de seguros do Japão por 39,9 milhões de dólares.
Quando se fala em mercado de arte é fácil imaginarmos leilões, com compradores multimilionários, admiradores da arte, ávidos em adquirir uma pintura quase sempre produzida por um artista que no momento já está morto e cujo status dá à quem adquire a peça um certo prestígio. Essa imagem é reforçada especialmente pelo cinema e pela televisão e não é incorreta (ao menos não de todo), mas é preciso lembrar que insere-se no mercado de arte toda e qualquer transação comercial envolvendo uma obra de arte, um vendedor (que pode ser um intermediário ou o próprio artista) e um comprador ou patrocinador (sendo pessoa física ou instituição).
Pode conhecer um pouco mais sobre o tema no artigo “Mais uma das obras de Picasso estrela de leilão | Musa Dourada brilha na Sotheby’s”.
Mas a forma como funciona o mercado de obras de arte ultrapassa em muito o mundo dos leilões.
contexto do mercado de obras de arte
Reclining Nude, do pintor italiano Amedeo Modigliani foi comprada pelo chinês Liu Yiqian em um leilão, por 113 milhões de libras e agora faz parte da coleção do Long Museum, em Xangai.
Nesse contexto, uma pintura encomendada a um artista local faz parte do sistema mercadológico da arte, bem como uma peça de teatro, com ingressos vendidos na bilheteria. Também se relaciona com o termo a produção, comercialização e manutenção de produtos voltados para a execução das obras.
Assim, como funciona o mercado da arte atualmente?
Aparentemente, o mercado de obras de arte funciona como qualquer outro, e também está sujeito a oscilações – o que diminui ou eleva o valor da obra – e aos demais mecanismos que regulam sistemas econômicos.
Porém, uma análise mais profunda demonstra que não é bem assim: a obra de arte segue uma lógica contrária à da maioria dos bens em alguns aspectos, sobretudo no que se refere a fixação de seu valor monetário. A curto prazo, seu valor pode ser determinado tendo como base um fator objetivo, como seu custo de produção ou seu tamanho; a longo prazo, os fatores assumem contornos subjetivos.
Essa relação será melhor delineada quando estudarmos, no curso online Mercado de arte, as diferenças entre valor estético e valor monetário da obra de arte.
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