Ao olharmos para os valores alcançados pela fotografia mais cara do mundo vale a pena pensar no que é hoje a fotografia.
O que é hoje a fotografia
Captação instantânea de imagens que facilmente partilhamos. Forma de preservarmos memórias. Técnica utilizada nas mais diversas áreas científicas. Poderosa ferramenta de marketing e publicidade. Meio de intervenção e de denuncia social.
E poderíamos continuar a enumerar diversas áreas do conhecimento e da sociedade em que a função da fotografia é indispensável.
Mas para além de todas estas funções e ao olharmos para a fotografia mais cara do mundo percebemos a fotografia também como uma técnica para a produção de arte.
A fotografia faz hoje parte da História da Arte.
Aprenda mais sobre este tema no curso online História da Fotografia.
Imagem de capa: Phantom de Peter Lik Fonte: https://news.artnet.com/market/new-york-times-exposes-peter-lik-photography-scheme-264858
A fotografia mais cara do mundo | Phantom por Peter Lik
Ao longo do tempo, a fotografia foi ganhando notoriedade e muitas fotografias são hoje disputadas e pagas a peso de ouro, sendo elevadas ao estatuto de muitas obras de arte.
Actualmente, a fotografia mais cara do mundo foi tirada pelo fotógrafo australiano Peter Lik e vale $6,5 milhões (cerca de €5,8 milhões), marcando a História da Arte.
A venda deu-se em 2015, foi privada e o comprador permaneceu anónimo.
Nas suas produções, Peter Lik é frequentemente atraído ao Antelope Canyon do Arizona.
Foi aqui que tirou a fotografia “Phantom”.
A representação a preto e branco de uma garganta entalhada do desfiladeiro que foi cinzelada pelo fluxo natural da água sobre o curso de milhões dos anos, na região do Sudoeste dos Estados Unidos.
O título da fotografia “Phantom” (=Fantasma) interpreta o carácter fantasmagórico da sua representação.
Em entrevista, Peter Lik admitiu que o propósito das suas fotografias é o de “imprimir a força da natureza”.
Nesta fotografia, há um sopro de poeira que se revira com a brisa, como um véu.
A fotografia mais cara do mundo suplantou Rhein II de Andreas Gursky
Phantom suplantou Rhein II, do artista visual Andreas Gursky, que em 2011, foi vendida em leilão da Christie’s, por $4,338,500 (cerca de €3,9 milhões).
Rhein II a segunda de um conjunto de seis que representam o rio que lhes dá nome.
Representa um panorama do rio Reno, entre campos verdes e um céu encoberto.
Detalhes como pessoas que passeavam os cães e uma fábrica foram digitalmente removidas pelo autor.
Gursky justifica a manipulação da imagem com a sua vontade de produzir uma representação fiel do rio como se conhece hoje, e que não é possível obter in situ.
Andreas Gursky representa uma nova geração de fotógrafos formados na Escola de Fotografia de Dusseldorf.
Gursky é mais conhecido pelas suas imagens detalhadas de vastas áreas de supermercado.
O sucesso de “Rhein II” deixou o próprio fotógrafo surpreendido, na medida em que considerava a esta sua fotografia como umas das mais aborrecidas que criara.
Mas qual foi o caminho percorrido pelos processos fotográficos desde a primeira fotografia de Joseph Niépce até à fotografia mais cara do mundo de Peter Lik?
O Programa do curso online História da Fotografia revela-nos este caminho.
Lição 1 : Introdução – O que é uma fotografia e o que a compõe, qual o contexto em que surgem as primeiras fotografias.
a. O Homem como produtor de imagens
b. A Fotografia: o que é e o que a compõe
Lição 2 : 1839 – 1855 – Os primeiros grandes avanços dos processos fotográficos
a. O Daguerreótipo
b. O Calótipo
Lição 3 : 1855 – 1880 – As exigências do processo fotográfico determinam que o material de suporte mais adequado para o negativo deverá ser estável, transparente, ter uma superfície plana e polida e, simultaneamente, ser económico. Assim, era necessário a utilização de um meio ligante.
a. A Albumina
b. O Colódio Húmido
c. A utilização de negativos de colódio para provas de albumina
Lição 4 : 1880 – 1910 – Os avanços da produção industrial
a. A Produção Industrial
i. A utilização da gelatina
ii. Provas de papel directo
Lição 5 : 1910 – 1970 – Após os avanços tecnológicos das décadas anteriores, era necessário criar um meio de suporte mais fácil e acessível ao transporte. Simplificaram-se os processos e agora simplificava-se o suporte.
a. Negativos em película
b. Provas em Papel de impressão de revelação
c. Fotografia alternativa
Lição 6 : 1970 aos nossos dias – O objectivo final assumido agora pelos fotógrafos era a fotografia a cores.
a. O Autochrome
b. A Prova Cromogénea
c. Provas não cromogéneas
d. A Fotografia Digital