As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, foi escrito por Charles Lutwidge Dodgson. A obra foi publicada a 4 de julho de 1865 sob o pseudônimo de Lewis Carroll.
O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.
O livro está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Dodgson e de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX.
O que talvez tenha mais contribuído para a sua popularidade são as frequentes referências linguísticas e matemáticas e os enigmas. Não nos esqueçamos que Dodgson era matemático, particularmente interessado por lógica.
É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos.
Algumas das referências de Dodgson ao longo do livro podem passar despercebidas uma vez que remetem para o contexto específico da Inglaterra no sec, XIX.
Pode ler Alice no País das Maravilhas (inglês) através do Gutenberg Project.
Pode ler a tradução para português com as ilustrações da 1ª edição nesta ligação.
As ilustrações de Alice no País das Maravilhas
A primeira publicação foi ilustrada por Jonh Tenniel e, ao longo das suas inúmeras edições, encontram-se fantásticas capas, desenhos e ilustrações.
Carregue nas setas para ver algumas das mais interessantes ilustrações.
O fascínio por esta história inspira artistas até aos nossos dias.
Um dos mais recentes exemplos é uma edição de Alice no País das Maravilhas da artista japonesa Yayoi Kusama.
Como nasceu Alice no País das Maravilhas
A 4 julho de 1862, durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa, Charles Lutwidge Dodgson, na companhia do seu amigo Robinson Duckworth, conta uma história de improviso para entreter as três irmãs Liddell (Loriny Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Liddell). Eram filhas de Henry George Liddell, o vice-chanceler da Universidade de Oxford e decano da Christ Church, bem como director da escola de Westminster. A maior parte das aventuras foram baseadas e influenciadas em pessoas, situações e edifícios de Oxford e da Christ Church, por exemplo, o Buraco do Coelho (Rabbit Hole) simbolizava as escadas na parte de trás do salão principal na Christ Church. Acredita-se que uma escultura de um grifo e de um coelho presente na Catedral de Ripon, onde o pai de Carroll foi um membro, forneceu também inspiração para o conto.
Essa história imprevista deu origem, a 26 de Novembro de 1864, ao manuscrito de Alice Debaixo da Terra (título original Alice’s Adventures Under Ground) com a finalidade de oferecer a Alice Pleasance Liddell a história transcrita para o papel.
Mais tarde, decidiu publicar o livro e mudou a versão original, aumentando de 18 mil palavras para 35 mil.
Deste modo, a 4 de Julho de 1865 (precisamente três anos após a viagem) a história de Dodgson foi publicada na forma como é conhecida hoje, com ilustrações de John Tenniel. Porém a tiragem inicial de dois mil exemplares foi removida das prateleiras devido a reclamações do ilustrador sobre a qualidade da impressão. A segunda tiragem, ostentando a data de 1866, ainda que tenha sido impressa em Dezembro de 1865, esgotou-se nas vendas rapidamente. Ainda durante a vida do autor, o livro rendeu cerca de 180 mil cópias[. Foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua inglesa teve mais de 100 edições. (in: Wikipedia,org)