Trata-se de um edifício baixo de tijolo ou pedra, de planta retangular, faces inclinada para o interior, cada uma orientada para os quatro pontos cardeais.
De topo liso, o seu comprimento varia entre 4 a 5 metros e a altura entre 3 a 9 metros.
O cadáver estava colocado na câmara funerária subterrânea com poucos objetos de valor, ligada por um corredor – serdab – que não comunicava com o exterior e que continha a estátua funerária.
A capela decorada com relevos e pinturas parietais, ao nível térreo, era o único local de acesso desde o exterior, onde guardavam as oferendas e se prestava culto ao morto.
Ao longo dos tempos foram modificadas, aumentadas e complicadas, mas permaneceram sempre três elementos: a capela para o culto, a divisão para a estátua e a câmara funerária para o defunto.
A partir da III dinastia, com o intuito de mostrar a elevada categoria social do falecido, construíram-se túmulos grandiosos através da sobreposição sucessiva de mastabas com dimensões gradualmente menores.
A pirâmide de degraus.
Imhotep, foi o primeiro arquiteto de que conhecemos o nome na longa história da arquitetura.
Foi o responsável por esta pirâmide que albergava o túmulo do rei Djoser, em Sakara, erigida aproximadamente no ano 2630 a.C.
Com seis andares pretendia representar a escadaria gigante que o rei subiria para se reunir ao deus-sol.
A variante romboidal é uma pirâmide dedicada ao faraó Snofru, em Dahshur, que a meia altura mudava a inclinação das suas arestas, o que dá a sensação da metade superior esmagar a inferior.
A evolução da vertente em degraus originou a forma final das pirâmides (de faces lisas), no reinado de Sneferu.
Neste tipo de construção funerária destaca-se a Grande Pirâmide de Gizé, considerada uma maravilha arquitetónica do Mundo Antigo.
Era composta por imensos blocos de pedra que pesavam toneladas, talhados e colocados com tanta precisão que, muitas vezes é difícil introduzir entre eles uma fina folha de papel.
No seu interior encontram-se, geralmente, as mesmas divisões das mastabas, acrescentando canais de ventilação e outros compartimentos, cuja função se desconhece.
Foram complicando os vários corredores (alguns deles sem saída), para dificultar, ou mesmo impossibilitar, o acesso ao túmulo do faraó.
Por este motivo as passagens estavam bloqueadas e a entrada dissimulada.
Apesar das suas formas simples e geométricas que transmitem grandeza e se caracterizam pela sua durabilidade, eternizando a memória do faraó, o seu aspeto impenetrável não evitou que as pirâmides fossem muitas vezes saqueadas.
A presença de tesouros era demasiado tentadora apesar das severas leis sobre violação dos túmulos.
Para por fim a esses furtos, no Império Novo, os reis de Tebas (sucessores a Tutmés I, exceptuando Akhenaton) mandaram construir os hipogeus.
São túmulos subterrâneos cavados nas falésias rochosas do Vale dos Reis, no Alto Egito.
Estas construções, seguras e discretas, eram decoradas nos seus interiores com altos e baixos-relevos de cores com significados simbólicos, que contavam os feitos de quem as ocupava.
No exterior, estavam estátuas igualmente coloridas, mas que a exposição à luz do sol arruinou ao longo dos milénios.
O mesmo se passou no seu interior, quando saquearam as tumbas e as deixaram abertas deteriorando as pinturas com a corrosão do ar e da intempérie.
2 Comentários.
História revisada com ênfase…
Obrigado