Conhecido como a maior prova de amor do mundo, o Taj Mahal conta a história emocionante de uma paixão eterna.
Familiar a partir de muitas fotografias e emblema da Índia, o Taj Mahal em Agra, merece a pena um desvio no roteiro de quem chega à capital indiana.
O Taj Mahal é um dos edifícios mais caros do mundo, uma fusão entre o ponto mais alto da arquitetura mongol e a islâmica, rodeada por jardins persas com falsos canais de água que refletem as suas formas e nos dá a ilusão de se tratar de pedra flutuante.
Autora: Diana Ferreira
O Edifício
A construção em mármore, dotada de uma brancura resplandecente, que contrasta com o verde dos jardins e se reflete nas águas do tanque e do rio, possui uma planta quadrada cortada em chanfra (octogonal).
Em cada lado há uma entrada central recuada, após um arco tudor, cujo pórtico com moldura retangular ultrapassa a altura da cobertura plana onde assentam cinco cúpulas.
A central, bolbosa e de maiores dimensões, é dupla, repousa sobre um tambor elevado e possui um remate em bronze com a flor de lótus, onde atinge a altura de 60 metros, desde a plataforma.
Ao seu redor, a marcar os ângulos chanfrados, estão quatro pavilhões octogonais com cúpulas de menores dimensões.
O respeito pela religião islâmica e a necessidade de manter a brancura do mármore, dita ao visitante a regra de se descalçar para poder percorrer o espaço e iniciar a visita.
A Lenda do Taj Mahal
A elegância e beleza do Taj Mahal ou “coroa do palácio”, estão ao serviço do túmulo da princesa persa Arjumand Banu Baygam (1593-1631), também conhecida por Mumtaz Mahal “a escolhida do palácio”, a segunda das várias esposas do quinto imperador mongol Shah Jahan (r. 1628-1658), que encomendou o edifício.
Conta-se que se conheceram quando tinham apenas 15 anos e que foi amor à primeira vista, casando 5 anos depois.
Mumtaz era a esposa favorita, a melhor amiga e conselheira na vida política do marido.
Durante os 19 anos de casamento, deu-lhe oito filhos e seis filhas, e foi em 1631 com 39 anos de idade, quando acompanhava o marido numa expedição militar ao Sul de África, que nasceu o seu décimo quarto descendente.
Após o parto da filha, apercebeu-se que estava a morrer e pediu ao esposo para lhe construir um monumento de tal perfeição, que ninguém ao vê-lo pudesse duvidar da força do seu amor.
Em memória da esposa preferida, expressou o seu último pedido e a sua lamentação em pedra, num faustoso mausoléu, conhecido como a maior prova de amor do mundo.
Conta-se que o cabelo negro do imperador mongol tornou-se imediatamente grisalho quando a persa Mumtaz Mahal faleceu, e que decretou dois anos de luto nacional em que foram proibidas festas, ouvir música, usar jóias, roupa colorida e perfume.