Glossário de termos de arquitetura
(Fonte: FERREIRA, Diana – Guia dos Tesouros Arquitetónicos. Lisboa, Chiado Editora, 2014.)
Conheça aqui alguns dos termos de arquitetura utilizados em história da arquitetura.
Abóbada – cobertura arqueada por meio de pedras ou tijolos entre duas paredes laterais.
Adossado – (ou embebido) elemento unido a uma parede.
Arco – ligação curva entre dois apoios verticais. O arco de volta perfeita é redondo em semi-circulo. O arco quebrado é pontiagudo no vértice. O arco cego é adossado.
Balaustrada – parapeito formado pelo ritmo de várias colunas de pequena dimensão, utilizada nos balcões, varandas e tetos. Corrimão.
Cartela – peça de cantaria oval com os seus lados enrolados.
Cimalha – parte superior do entablamento. Espécie de cornija.
Coluna – suporte construtivo cilíndrico vertical, frequentemente mais fino no topo. Geralmente é constituído por uma base onde assenta, por um fuste canelado e rematado por um capitel. Pode ser monolítico ou constituído por vários tambores. A coluna torsa possui um fuste em forma de espiral (muito utilizado no Barroco). A coluna salomónica tem um fuste em forma de espiral com o terço inferior estriado ou diferente, típico no Barroco.
Colunata – série de colunas ligadas sem arcos.
Contraforte – reforço vertical saliente exterior, adossado à parede e que sustenta as forças laterais da abóbada.
Cornija – 1. Remate horizontal saliente da fachada de um edifício. 2. Espécie de moldura presente nos templos clássicos que faz parte do entablamento e limita o tímpano.
Cruz – latina, planta basilical ou imissa: cruz com o tronco vertical inferior maior; grega: com os quatro braços iguais; e cruz comissa: em forma de T.
Cruzeiro – ponto de encontro da nave com o transepto da igreja.
Cúpula – cobertura hemisférica que exige uma parede circular ou tambor.
Estuque – argamassa moldável composta por gesso, areia e cal, para aplicar em ornamentos decorativos de interior.
Friso – barra horizontal decorativa entre a arquitrave e a cornija.
Frontão – superfície triangular ou semi-circular onde se insere o tímpano, que remata paredes e aberturas.
Lanternim – remate do zimbório com várias aberturas que iluminam o espaço interior. Também chamada lanterna.
Loggia – [it.], galeria de arcadas aberta para o exterior, muito usadas no Renascimento.
Luneta – espaço em semi-círculo ou círculo sobre uma porta ou janela, normalmente com um elemento decorativo.
Mainel – ou parte-luz, suporte vertical que divide um vão.
Mausoléu – monumento fúnebre de grandes dimensões.
Nártex – pórtico aberto na entrada de uma igreja, reservado aos catecúmenos e penitentes.
Nave – espaço longitudinal de uma igreja, delimitado por colunas ou pilares, destinado aos fiéis.
Nicho – reentrância na parede para uma estátua ou elemento decorativo.
Pilastra – pilar retangular de pouca espessura adossado à parede.
Púlpito – tribuna acedida por uma escada e adossada a um pilar, na nave central, para os sacerdotes pregarem.
Putto – [it.], pequena criança rechonchuda despida, por vezes aladas (muito comum no barroco).
Tambor – cilindros de pedra que constituem o fuste das colunas. Base cilíndrica ou poligonal de uma cúpula, frequentemente com janelas para iluminar.
Tessela – pequeno pedaço de pedra vidrada ou mármore usada nos mosaicos.
Tondo – [it.], decoração circular pintada ou esculpida, utilizado particularmente no Renascimento.
Transepto – corpo transversal que atravessa o longitudinal duma planta em cruz.
Trompe-l’œil – (fr., ilusão ótica) pintura ilusória da realidade, através de um efeito ótico tridimensional, conseguido com o domínio da perspetiva, aplicado numa superfície. O seu objetivo é enganar o espectador ao reproduzir a ilusão de um objeto físico na pintura. Conhece-se desde a Antiguidade.
Voluta – ornamento e elemento de construção em forma de espiral ou caracol, que serve de transição entre secções horizontais e verticais. Utilizado no capitel jónico.
Zimbório – cobertura de um edifício, geralmente sobre a cúpula do cruzeiro das igrejas, que constitui o principal meio de iluminação do espaço interior.