Maria Mãe de Jesus , também designada como Virgem Maria ou Nossa Senhora.
Maria Mãe de Jesus é, por meio da sua maternidade a Jesus Cristo, uma figura de importante veneração na Igreja Cristã desde a época apostólica.
São incontáveis os títulos atribuídos a Maria associados às respetivas representações.
Como as representações associadas aos 4 dogmas de Maria ( Maternidade de Jesus, Virgindade, Imaculada Conceição e Assunção).
Mas igualmente as associadas a outros títulos normalmente relacionados com a religiosidade popular ou com os locais das aparições.
Neste artigo iremos olhar para a iconografia e representações de Maria Mãe de Jesus.
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O interesse dos artistas, músicos e autores na figura de Maria Mãe de Jesus foi crescente, principalmente a partir da época gótica.
Mas ainda chegaram até nós representações anteriores sobretudo em frescos e icones.
Ícone da Virgem Maria com o São Jorge e São Teodoro. Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai (séc. VI/VII).
Quem foi Maria Mãe de Jesus ?
As referências bíblicas à sua pessoa não permitem, pelo seu número, congregar uma imagem coerente de quem Maria realmente foi.
Os Evangelhos do Novo Testamento atestam à sua humildade e obediência da mensagem de Deus.
Assim, a tradição da Igreja Católica desenvolveu em torno dela uma doutrina que faz de Maria um exemplo para todos os cristãos.
Também os textos apócrifos de Pseudo Mateus, de Tiago e o Transitus Mariae nos dão informação sobre Maria.
O pouco que se descortina das fontes textuais diz-nos que pertencia à linhagem do rei David (por meio do seu casamento com José – Lucas 2, 4).
E que era filha de Ana e Joaquim, tendo sido concebida também milagrosamente: os seus pais eram já idosos quando um anjo lhes anunciou que nasceria.
Com dois anos, foi apresentada ao Templo e com doze, casou com José (Lucas 1, 26-27).
Primeira referência a Maria Mãe de Jesus
A primeira referência que se encontra a Maria Mãe de Jesus no Novo Testamento é a do episódio da Anunciação (Lucas 1, 26-38).
Neste se afirma que vivia em Nazaré e que estava noiva de José.
As fontes dizem-nos que Maria Mãe de Jesus rezava ou que tecia o manto do Templo de Jerusalém quando o Anjo Gabriel lhe apareceu.
Anunciando que dela nasceria o Salvador e que a sua prima também estava grávida, após o que Maria vai visitar Isabel.
Em Lucas 1, 39-40, descreve-se este encontro (A Visitação).
A Visitação em iluminura
Ilustração de Livro de Horas de Rouen (séc. XV).
Pode visualizar abaixo estas fantásticas iluminuras com representações de episódios da vida de Maria Mãe de Jesus tendo ao centro a Visitação.
Nas bandas laterais, podemos ver ainda representações do Pecado Original (Adão e Eva), do Abraço na Porta Dourada (Ana e Joaquim) e do casamento da Virgem (Maria e José).
Após o momento do nascimento de Jesus (Lucas 2, 1 e seguintes), Maria Mãe de Jesus aparece mencionada em numerosos episódios a par com o seu Filho, como:
A Apresentação ao Templo.
A Adoração dos Reis Magos.
A Fuga para o Egipto.
As Bodas de Canã (embora não se fale directamente o nome dela: João 2,1).
E os momentos envolventes à Crucificação de Jesus.
Estes e aqueles referentes à Natividade são os episódios nos quais ela assume mais importância.
Mostrando a aceitação de Maria Mãe de Jesus perante o nascimento, percurso de vida e morte dramática do seu Filho, que é o Salvador.