A epigrafia romana – na Antiguidade Clássica, os romanos insculpiram mensagens em materiais duros para que resistissem à passagem do tempo.
A epigrafia romana ou epigrafia latina trata da decifração destas mensagens revelando-as como fontes históricas de grande importância para o conhecimento da civilização romana.
Vamos ver um exemplo prático de análise de uma inscrição.
epigrafia romana | análise do suporte
- A análise de uma inscrição começa, sempre que possível, pela identificação do suporte, que pode, por vezes, auxiliar na perceção da mensagem.
- Neste caso, a inscrição encontra-se realizada numa cupa, monumento funerário típico de determinadas regiões do Império, como é o caso da Península Ibérica.
- A leitura e interpretação da mensagem confirmará a natureza funerária desta inscrição.
epigrafia romana | transcrição do epigrama
Olhando atentamente para a inscrição , percebemos que as palavras estão separadas por pontuação, aspeto que simplifica a primeira tarefa a desempenhar: transcrever o epigrama.
Com as palavras já separadas, podemos começar a transcrever o texto inscrito. A transcrição pode, durante o processo, respeitar a estrutura da inscrição ou, em alternativa, ser realizada em linha, o que, nas tarefas seguintes será útil para a interpretação.
D · M · S
AVRELIO · RVFINO
ANN · XVII
AVRELIVS · MVSAEVS
FILIO · PIISSIMO · F · C
D · M · S / AVRELIO · RVFINO / ANN · XVII / AVRELIVS · MVSAEVS / FILIO · PIISSIMO · F · C
A fórmula inicial – D M S – e a indicação de idade permitem-nos confirmar que se trata de um epitáfio ou inscrição funerária.