Diego Velazquez foi um dos maiores pintores da história da arte. Conheça algumas das suas obras enquadrando-as nas 7 mais importantes etapas da sua vida.
Fonte das imagens: Wikiart
Índice de conteúdos
1 – DIEGO RODRÍGUEZ DE SILVA Y VELÁZQUEZ (Etapa sevilhana de 1618 a 1623)
2 – Velázquez em Madrid entre 1623 e 1630
3 – Primeira viagem a Itália (Agosto de 1629 – dezembro de 1630)
4 – Diego Velázquez (1631 – 1649)
5 – Diego Velázquez nos anos 1640
6 – Segunda viagem a Itália (30 de novembro de 1648 – 23 de junho de 1651)
7 – Diego Velázquez (os últimos anos, 1652 – 1660)
1 – DIEGO RODRÍGUEZ DE SILVA Y VELÁZQUEZ (Etapa sevilhana de 1618 a 1623)
É sobre este período sevilhano que há mais polémica na historiografia.
Sabemos que fez a sua formação na oficina de Francisco Pacheco durante seis anos e que se casou com sua filha Juana Pacheco.
Diego Velazquez nasceu a 6 de junho de 1599 em Sevilha, a origem de sua família paterna era portuguesa. Ele era o filho mais velho. O pai era notário, profissão que no século XVII não era o mesmo que na atualidade, era uma profissão modesta. Em novembro de 1611, o pai levou-o à oficina de Francisco Pacheco e aí iniciou a sua formação.
É deste período O Aguadeiro de Sevilha, cuja análise detalhada pode ler Aqui.
2 – Diego Velázquez em Madrid entre 1623 e 1630
Chega o mês de agosto de 1623, e é através de Fonseca que entra no palácio um retrato do rei, e a partir daqui o conde duque propõe que Velázquez seja pintor régio.
A 6 de outubro de 1623, Velázquez já havia sido nomeado pintor do rei, com um salário de 10.000 ducados por mês. Os retratos serão cobrados separadamente.
Era bom ser o pintor do rei? Era uma honra, mas existiam vários pintores do rei, e todos tinham a tarefa de fazer cópias dos retratos dos reis, além de cuidar das propriedades. Como pintores do rei estavam Vicente Carducho, Bartolomeo González e outros junto com Velázquez nesta época.
É surpreendente que Velázquez tivesse apenas 24 anos e tenha atingido o seu auge profissional.
Velázquez continua a subir e torna-se pintor da câmara (com uma série de privilégios associados ao cargo) no ano de 1628. Isso implica uma mudança de estatuto, passa para a câmara do rei, o círculo mais íntimo do rei.
É um período em que Velázquez com certeza trabalhou muito, mas do qual temos menos obras porque se perderam.
3 – Primeira viagem a Itália (Agosto de 1629 – dezembro de 1630)
É o primeiro pintor a receber uma licença real para fazer uma viagem de formação. Nesta época para viajar tinha que se ir em grupo. Velazquez viaja numa expedição, embarcando em Barcelona com destino a Gênova.
Eram necessárias cartas de representação que o tornassem conhecido, uma carta do rei. Estas cartas marcam o roteiro da sua viagem. Temos um grande testemunho desta viagem: a Arte da Pintura, de Pacheco, na qual faz a sua primeira “biografia”. Sabemos por onde passou: desembarca em Génova (onde contrata um criado), de Génova a Veneza, e depois passa por Ferrara até Cento, daqui a Bolonha, daqui a Loreto e de Loreto a Roma, de onde mais tarde iria a Nápoles e voltaria.
Também sabemos que quando chegou o ano 30, teve uma febre muito forte em Itália, e negociou com o embaixador espanhol para ver se poderia hospedá-lo na Vila Médici, numa colina ao norte de Roma.
4 – Diego Velázquez (1631 – 1649)
Até 1639 temos a época de máximo esplendor do Conde Duque e Velázquez faz muitos retratos. Deste ano até 1649 foi o período de maior produção de obras.
A nível pessoal, em 1633 casou a sua filha com um dos seus assistentes, Francisca, a sua filha mais velha com 14 anos. Assim toda a família passou a viver na mesma casa, onde seguramente Velázquez teria uma oficina, embora seja certo que tinha a sua maior oficina no Alcázar, onde cumpria as suas mais importantes funções.
Em 1636, foi nomeado Guarda-Roupa, com as atribuições associadas a este cargo.
5 – Diego Velázquez nos anos 1640
Acredita-se que por causa de uma má situação política, já que a guerra está numa situação difícil, o Conde Duque cai por volta de 1643. O rei por vezes tem de se deslocar a Aragão pois é lá que se encontra o exército para a conquista de Lérida, território que fazia fronteira com a Catalunha.
Nesta quinta etapa do autor podemos encontrar um único assunto: a pintura de retratos.
6 – Segunda viagem a Itália (30 de novembro de 1648 – 23 de junho de 1651)
Antes da segunda viagem à Itália, Diego Velázquez realiza muito poucas pinturas em oito anos, é uma época em que pinta muito pouco. É neste período que Felipe IV quer terminar as esculturas clássicas do Alcázar. O rei quer cópias encomendadas de esculturas clássicas, e decide enviar Velázquez a Itália para o conseguir. Esta é a origem e motivo da sua segunda viagem. Vai de Málaga a Génova a fim de procurar as mencionadas cópias de esculturas clássicas.
Além disso, pretendia-se pintar o teto com a técnica ilusionista típica da época, e em Espanha não existiam pintores de frescos que dominassem esta técnica. É uma viagem oficial, não vai como pintor do rei, vai como assistente da câmara real, com um cargo muito respeitável. É uma viagem que consolida a sua ascensão na corte.
7 – Diego Velázquez (os últimos anos, 1652 – 1660)
O rei concedeu-lhe a honra de Cavaleiro de Santiago em 1652, o que o qualifica como nobre. Visto que não era nobre, tiveram de abrir uma exceção, pedindo ao Papa que a concedesse. Apenas em 28 de novembro de 1659, lhe concederam o hábito de Cavaleiro de Santiago que só pôde gozar por 6 meses pois faleceu a 6 de agosto de 1660 não o tendo passado aos seus herdeiros.
Quando voltou de Itália, retratou a família real, pois há muito não os retratava. Velázquez retrata a única filha do rei naquela época, a infanta María Teresa da Áustria, nascida em 1638 e falecida em 1683.
Diego Velázquez pintou duas obras excepcionais neste período: Las Hilanderas e Las Meninas.
Las Hilanderas
As Fiandeiras ou a Fábula de Aracne. 1655-1660. Museu do Prado de Madrid. Um quadro complexo pela sua história e pelo seu tema. A composição desenvolve-se em 3 níveis: primeiro plano as fiandeiras, ao fundo o mito de Aracne e na tapeçaria o Rapto de Europa.
Las Meninas
As Meninas 1656. Museu do Prado de Madrid. O nome do quadro las Meninas vem de menina, que é "niña" em português. A composição estrutura-se em 4 espaços: a parte superior dominada por um espaço vazio. Ainda um espaço virtual de onde se olha o pintor e onde estarão os reis e os demais espetadores. Outro espaço importante é o ponto de fuga no fundo do quadro, muito luminoso. Um quarto espaço é o pequeno espelho onde se refletem os reis; e finalmente o espaço onde se reflete a luz dourada e onde se encontram as meninas.
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Claudia Maldonado
Graduação em História da Arte pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) (2020). Editora e colaboradora de La Cámara del Arte (Blog da Cultura). Práticas Museu de História de Sabadell (2020). Cursos de trabalho em galeria de arte (2019), curso de Arteterapia (2021), curso de Consultoria de Arte (2021), curso de restauração de painéis (2019) e curso de restauração de móveis (2020). (Línguas) Certificado c1 de Catalão, Espanhol (nativo) e Inglês. Colabora com Citaliarestauro.com neste momento com o curso “Vida e obra de Diego Velázquez” (2021). Pessoa trabalhadora com vontade de aprender e trabalhar todos os dias e capacidade para resolver problemas.
1 Comentário.
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