Quer aprender 14 dicas de conservação de pintura sobre tela?
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Partilhamos neste artigo algumas dicas de conservação de pintura sobre tela.
São ações muito simples que se aplicam tanto em contexto de exposição como nas nossas casas.
São pequenas observações sobre o que “não fazer” para garantir a longevidade das peças.
Evitam-se assim custos elevados no restauro das obras assegurando a preservação do original pelo maior tempo possível.
E basta apenas um pouco de cuidado, atenção e organização.
Vamos ver!
Para conservar os objetos há dois caminhos:
A prevenção da deterioração (conservação preventiva) e a reparação do dano (conservação curativa, restauro). Ambos se complementam.
Mas as intervenções de carácter curativo são consequência da ineficácia ou ausência dos meios preventivos. Isto é, quanto maior for a conservação preventiva, menor a necessidade de restauro e, logo, menores os custos e consequências para a obra original.
Para saber a diferença entre estes conceitos leia o artigo.
Pode também conhecer estas definições no site do ICOM.
Vamos de seguida dar 14 conselhos práticos, simples de implementar e com baixo custo para a conservação de pintura sobre tela.
Para aprender mais sobre conservação de pintura veja o curso online Conservação e restauro de pintura
14 boas práticas para a conservação de pintura
Controlo de condições ambientais, infestações e acidentes:
1 . Evitar oscilações ambientais.
As oscilações bruscas de temperatura ou humidade são ainda mais prejudiciais para a conservação de pintura do que a manutenção das peças num ambiente estável mesmo que não com os valores ideais.
2. Evitar o excesso de humidade para não surgirem bolores e fungos que destroem obras de arte de modo lento ou rápido.
EXEMPLO DE DEGRADAÇÃO DE UMATELA DEVIDO A PRESENÇA DE HUMIDADE EXCESSIVA
Tentar manter as pinturas sobre tela em locais sem excesso de humidade ou, quando necessário, utilizar desumidificadores.
3. Observação da temperatura, humidade relativa, índices de poluição.
Existem no mercado aparelhos de baixo custo para medição destes parâmetros.
4. Observação de infestação animal
Observar a existência de serrim, dejectos, orifícios, casulos, pelos, penas, etc. que indicam a existência de ataques (xilófago, formiga branca, traça, borboleta branca, peixinho da prata, ratos, aves, etc.).
Presença de insetos sobre um suporte vegetal, madeira, o serrim à superfície indicam-nos que este ainda se encontra ativo.
. No caso de infestação deve proceder-se ao isolamento da(s) peça(s) atingida(s).
É o primeiro passo para evitar a propagação das infestações.
6. Ventilar armários e locais fechados que acondicionem materiais de valor patrimonial.
Embora as peças possam estar “arrumadas” durante muitos anos, não esquecer que a verificação e o arejamento são indispensáveis para a conservação preventiva de pinturas.
7 . Evitar a exposição de peças aos efeitos nocivos e cumulativos da luz.
A luz é um dos fatores a ter em conta para a conservação de pintura sobre tela. Pode destruir a camada cromática e o suporte.
8. Colocar panos crus ou filtros próprios nas janelas ou aberturas, mas que permitam a entrada de luz.
9. Fechar as peças que não estão ao culto (no caso de Igrejas), nem em exposição por forma a protege-las da luz.
10. Evitar flores e o seu contacto com obras artísticas (foco de infestação animal e humidade).
Por muito bonitas que sejam, as flores podem constituir um risco para a conservação de pintura pois atraem insetos e promovem a humidade.
11. Evitar velas acesas junto de peças de arte, ou colocação de telas junto a lareiras.
Não só pela poluição, mas também pelo perigo que representam em caso de descuido.