HECATE (1795), de William Blake (1757-1827)

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Hecate por William Blake | a deusa grega do submundo

A deusa grega do submundo foi retratada em 1795 por William Blake, conhecido pela sua pintura “fantástica”.

Autora: Rute Ferreira

O mito

A mãe de Pã, Circe e Cila e deusa do submundo era, segundo a mitologia grega, responsável por enviar os terrores noturnos aos homens. Nas histórias, ora ela aparece como deusa, ora como titã, ora como feiticeira.

Estava ainda ligada à lua e aos partos, e à comunicação entre vivos e mortos. Originalmente, Hecate não estava ligada ao submundo, mas um desentendimento com Hera fez com que a deusa precisasse se esconder sob um lençol, tornando-se impura.

Tal desentendimento aconteceu porque Hecate ajudou Europa, que tivera um romance com Zeus, quando essa fugia da deusa traída. Por ordem do próprio Zeus ela foi purificada, e a ter um papel importante nos domínios do Tártaro. Embora esse papel seja sempre relacionado Perséfone, vale destacar que foi a Hecate quem ajudou a mãe da moça raptada em sua busca.

Hecate por William Blake

Na representação do inglês William Blake, que também foi poeta, há uma forte carga dramática.

O fundo da cena é escuro, e o arranjo dos elementos conota um espaço fechado, lembrando uma espécie de caverna. Hecate está no lado direito do quadro, olhando para o lado oposto, onde aparecem alguns animais: um burro e uma coruja, facilmente identificáveis, uma cabeça de crocodilo e um estranho morcego com cara de gato.

Ao lado da deusa aparecem dois jovens, um homem e uma mulher, mas não podemos ver seus rostos, ocultos pelo corpo de Hecate, que veste uma saia preta, e segura um livro com a mão direita, certamente um livro de magia, confirmando seu caráter de feiticeira.

Um constante jogo entre os tons escuros e claros da pintura atrai o olhar para o trio.

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