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Elvas

Uma impressionante cidade fortificada dotada de um complexo e raro sistema defensivo militar que foi recentemente classificado de Património Mundial pela Unesco!

Vamos conhecer um pouco mais deste espetacular conjunto defensivo

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o que visitar em Elvas

E muito mais nesta fantástica cidade

a Cidade de Elvas

o que visitar em Elvas

Situado muito perto da fronteira espanhola, o sistema fortificado de Elvas tem mais de 10 km de perímetro e é um dos maiores, mais singulares e melhor preservados recintos militares da Europa.

Foi construído, entre 1641 e 1653, por engenheiros militares holandeses (o padre Cosmander e Jean Gilot) e franceses (Nicolau de Langres, entre outros), reforçado por muralhas, revelins e baluartes e teve um papel essencial na preservação da independência portuguesa.

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Atualmente, os hospitais militares, as casernas, os depósitos de armas e de pólvora da antiga praça militar de Elvas foram convertidos em hotéis, restaurantes, lojas, escolas ou edifícios governamentais.

Os carros passam cautelosamente por entre as estreitas portas que costumavam defender a cidade, como as Portas duplas de Olivença, São Vicente ou da Esquina.

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a Cidade e as Guerras da Restauração

Após o golpe palaciano liderado pelo duque de Bragança, D. João, futuro rei D. João IV – que restaurou a independência portuguesa, a 1 de dezembro de 1640, contra os Habsburgos espanhóis – iniciou-se um período de confrontos militares entre Portugal e Espanha.

Ficaram conhecidas como as Guerras da Restauração (1640-1668) e prolongaram-se durante a regência de D. Luísa de Gusmão (1613-1666) e o reinado do seu filho, D. Afonso VI.

D. Afonso VI

Apesar de ter sido desterrado durante seis anos em Angra do Heroísmo e encarcerado no Palácio Nacional de Sintra durante outros nove – onde viria a falecer aos 40 anos – o rei D. Afonso VI (1643-1683), juntamente com o primeiro-ministro, o conde de Castelo Melhor (1636-1720), e o Conselho de Guerra, foram responsáveis pelas principais vitórias militares.

Os confrontos bélicos mais importantes ocorreram nas regiões de fronteira sobretudo nas Beiras e no Alentejo, sendo a última uma região mais plana e de fácil acesso.

Os sistemas defensivos, edificados na época em forma estrelada em Elvas, Vila Viçosa, Estremoz e Campo Maior, para além de outros em Juromenha, Monsaraz, Almeida ou Valença do Minho, foram muito importantes para suster um ataque e uma eventual invasão terreste castelhana.

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Elvas

O Forte de Santa Luzia – construído entre 1641 e 1648 e projetado pelo padre jesuíta, matemático e engenheiro militar holandês, Cosmander (1602-1648) – teve um papel decisivo na vitória portuguesa na batalha das Linhas de Elvas, a 14 de janeiro de 1659.

Situa-se a sul e muito próximo da fronteira espanhola.

É constituído por quatro baluartes, pela casa do governador, uma igreja, diversas casernas e duas cisternas com capacidade suficiente para armazenar água para abastecer entre 300 a 400 soldados durante dois ou três meses de cerco militar.

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No interior desta obra-prima da arquitetura militar seiscentista existe, atualmente, um museu onde poderá saber mais sobre as principais batalhas em que a praça de Elvas esteve envolvida ao longo dos séculos. As quais tanto sofrimento causaram nos seus habitantes, constantemente afetados pelos bombardeamentos e pelas epidemias que surgiam em consequência dos cercos militares impostos pelos inimigos.

o que visitar em Elvas – A Igreja de Nossa Senhora da Assunção

Ao entrar na praça de Elvas pelas Portas de Olivença – construídas, em 1643, por ordem de D. João IV – suba pela Rua de Olivença e depois continue pela Rua da Carreira até encontrar a Praça da República, o centro cívico e social da cidade.

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Aí situa-se a antiga Catedral de Elvas, atual Igreja de Nossa Senhora da Assunção (a padroeira da cidade), que foi mandada construir por D. Manuel I, por volta de 1517, e projetada pelo arquiteto português, Francisco de Arruda, o mesmo que concebeu o Aqueduto da Amoreira.

Situa-se, hoje, como foi dito, na Praça da República, no mesmo sítio onde antes estava localizada a alcáçova, local onde residiam as elites administrativas e militares durante o período de ocupação islâmica.

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De aspeto robusto e fortificado, dotada de uma torre central na fachada, viria a tornar-se sede de diocese, em 1570, após a criação do bispado de Elvas durante o pontificado do Papa Pio V (1566-1572), alterando o seu nome para Sé/Catedral.

Em 1881, quando a diocese foi extinta, a antiga Sé de Elvas mudou novamente de nome, ficando até hoje conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Assunção.

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As alterações sofridas no século XVIII acrescentaram-lhe uma capela-mor, de estilo barroco, elaborada em mármore de diversas cores e um soberbo órgão em estilo rocaille executado em talha dourada e situado no coro-alto.

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Se contornar pela direita a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, e continuar a subir em direção ao que resta do antigo Castelo, passará pelo Arco de Santa Clara e por outro dos muitos templos católicos da cidade: a Igreja de Santa Maria da Alcáçova.

Foi construída no século XIII, no sítio onde se encontrava a principal mesquita de Elvas. No entanto, da antiga mesquita árabe pouco ou nada resta, excetuando a cisterna.

O interior é ornamentado com um belíssimo altar lateral em talha dourada, do século XVIII.

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o que visitar em Elvas – O Castelo de Elvas

Percorra a pé as ruas estreitas e sinuosas do bairro do Castelo: é uma experiência única!

As casas são antiquíssimas, algumas dispõem de estruturas do tempo da ocupação islâmica da região (711-1226) e é incrível como nelas ainda vivem pessoas.

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O Castelo situa-se, como é natural, na zona mais elevada da cidade.

Fundado como fortificação muçulmana, foi reconstruído pelos cristãos nos séculos XIII e XIV e o seu aspeto atual data do século XVI. Era aqui que residia o alcaide de Elvas, o antigo governador da cidade.

O Castelo acabou por perder a sua função defensiva no final do século XIX.

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O Forte da Graça

Da Torre de Menagem do antigo Castelo a vista é deslumbrante: a norte, no topo do Monte da Graça, situa-se o Forte da Graça, uma notável fortaleza que dispõe de um corpo central constituído por quatro baluartes.

Foi construída a partir de 1763, através da supervisão do Conde de Schaumbourg-Lippe (1724-1777), responsável por reorganizar o exército português durante o reinado de D. José I (1750-1777).

Elvas forte da Graça

As obras seguiram as diretrizes da arquitetura militar defendidas por Sébastien Le Prestre, marquês de Vauban (1633-1720) – um arquiteto militar francês e um dos principais conselheiros do rei Luís XIV. Dispõe ainda no seu interior das casas do governador e dos oficiais, da cisterna, da prisão, de galerias de tiro e da capela.

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A construção apenas terminaria em 1792, três anos depois do início da Revolução Francesa, acontecimento que alteraria para sempre o curso da História política e militar europeia.

No seguimento do processo revolucionário, o Império francês, recém-criado por iniciativa de Napoleão Bonaparte, inicia a sua expansão territorial e as tropas francesas invadem a Península Ibérica. Inicia-se a chamada Guerra Peninsular (1808-1814).

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A praça de Elvas foi mais uma vez essencial devido à sua estratégica posição geográfica para defender a fronteira portuguesa e manter a independência do Reino.

Apoiado pelo exército inglês – cujos soldados britânicos ainda hoje estão sepultados no interior da praça de Elvas, no Cemitério dos Ingleses – Portugal conseguiu derrotar as tropas francesas. A Guerra Peninsular foi responsável pela morte de 60 mil soldados, entre portugueses, britânicos e aliados espanhóis.

No final do século XIX, o Forte da Graça foi transformado em prisão política, tendo perdido essa função em 1974.

Atualmente, é um museu aberto ao público.

 O aqueduto da Amoreira

Finalmente, desça pela Rua Baluarte do Príncipe, passando junto ao Mercado Municipal e continuando pela Rua 14 de janeiro até sair da fortaleza em direção ao fabuloso Aqueduto da Amoreira!

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Este impressionante e monumental aqueduto de 4 pisos, único em Portugal, tem aproximadamente 8 km de extensão, 1367 metros de galerias subterrâneas e 843 arcos!

A obra foi dirigida pelo arquiteto português, Francisco de Arruda, durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521) e financiada por um imposto sobre os bens de consumo.

A construção apenas estaria totalmente concluída em 1622.

Elvas aqueduto

A edificação do aqueduto permitiu resolver os problemas de abastecimento de água da cidade pois a mesma era canalizada para uma diversidade de fontes, como a Fonte da Misericórdia e da Alameda localizadas no interior das muralhas.

Já não era necessário recolher a água de poços situados intramuros ou de fontes localizadas em seu redor!

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