A adoção na Roma Antiga era uma prática frequente sobretudo entre as classes altas sendo o caso mais conhecido da história o de Octávio Augusto, primeiro imperador romano, filho adotivo e herdeiro de César.
Outros casos de adoção na Roma Antiga são os de:
- 26 de junho de 4 d.C.— Augusto adota Tibério.
- 26 de junho de 221 d-C. — O imperador romano Heliogábalo adota seu primo Alexandre Severo como herdeiro e recebe o título de César.
Porquê a prática de adoção na Roma Antiga
Havia duas formas de ter filhos: gerá-los ou adotá-los.
Esta última alternativa era um meio de impedir a extinção da linhagem, adquirindo a qualidade de pai de família exigida por lei a candidatos a honras públicas e governos de província.
Tratava-se pois de uma forma de responder a um requisito indispensável para os que quisessem seguir uma carreira política.
A adoção no Império
A adoção na Roma Antiga foi frequente durante o Império Romano como forma de designação de um sucessor ao cargo e tentativa de gerar uma transmissão de poderes pacífica. O que na verdade nem sempre aconteceu.
É o caso de Augusto – o primeiro imperador romano – adotado por Júlio César.
E como seria a adoção na Roma Antiga de mulheres e como os romanos encaravam o nascimento?
É o que veremos de seguida.
Descubra como se vivia da Roma Antiga – a sua cultura, crenças, arquitetura, personalidades, o que comiam, como se vestiam e como funcionava a sociedade.
A adoção de mulheres
A prática de adoção na Roma Antiga não estava reservada aos adotados do sexo masculino. No entanto, chegaram-nos poucos registos de adoção de mulheres na Roma Antiga.
Talvez por que desta prática não adviesse grande vantagem para o Pater Familias.
A sociedade romana e o exercício de cargos estavam centrados na figura do Pater Familias que detinha os direitos de intervenção política.
A mulher participava naturalmente na vida pública, tinha um nome individual e tomava parte nos banquetes, mas não tinha direito de voto, estando excluída da vida política.
O nascimento e a educação
O nascimento
Quando uma criança nascia, a parteira colocava-a no chão, de onde o pai a levantava se a quisesse reconhecer.
Caso contrário, seria exposta à porta de casa ou numa lixeira, podendo recolhê-la quem quisesse.
O abandono dos filhos legítimos tinha a miséria como motivo principal e era raro sobreviverem.
Por vezes, a mãe, sem o conhecimento do pai, confiava a criança a vizinhos que a educavam secretamente, tornando-se num escravo que seria eventualmente libertado.
Também era hábito afogar crianças deficientes porque, segundo Séneca, «é necessário separar o bom do que não serve para nada».
A educação
Rapazes jogando
Meninas brincando – friso
Os rapazes e raparigas frequentavam escolas mistas até aos doze anos, desde o nascer do sol até ao meio-dia.
O ensino na escola era considerado um privilégio e nem todos participavam. A partir desta idade as raparigas eram dadas em casamento e aos catorze anos eram consideradas adultas.
Conheça o Programa do curso Cultura, Crenças e Arte na Roma Antiga
Módulo 1 – Cultura, Lazer e Excessos
1.1 O Circo e as corridas de cavalos
1.2 O Anfiteatro e os combates
1.3 As Termas e os banhos públicos
1.4 Os banquetes
Módulo 2 – Crenças, Deuses e Sacrifícios
2.1 O paganismo greco-romano
2.2 Os sacrifícios
2.3 Os templos
2.4 Os deuses (Júpiter, Juno, Neptuno, Plutão, Minerva, Marte, Vénus, Vulcano, Amor, Apolo, Diana, Mercúrio, Ceres e Baco)
Módulo 3 – Alimentação e Moda
3.1 O vestuário
3.2 O penteado
3.3 A comida e o vinho
Módulo 4 – Figuras que marcaram a Roma Antiga
4.1 César Augusto
4.2 Calígula
4.3 Nero
Módulo 5 – Acontecimentos Importantes da Arqueologia
5.1 A descoberta das cidades soterradas de Pompeia e Herculano
Módulo 6 – Lares romanos
6.1 Insulae
6.2 Villae
Módulo 7 – A vida romana
7.1 O nascimento
7.2 A adoção na Roma Antiga
7.3 Idade adulta
7.4 Sexualidade
7.5 As mulheres
7.6 Os escravos
7.7 As ruas de Roma
7.8 Homossexualidade
7.9 Saúde e magia
7.10 O calendário romano