Chama-se pintura flamenga às obras dos artistas que viviam na Flandres, atualmente nas regiões da Holanda e Bélgica.
Estes artistas, entre os séculos XV e XVII realizaram obras com caraterísticas muito próprias.
O “século de ouro” da pintura flamenga
Em história da arte chama-se “o século de ouro da pintura flamenga” o século XVII, pois neste período muitos artistas fantásticos fizeram obras famosas.
Deram muita atenção aos detalhes e pormenores nas suas pinturas e, a pouco e pouco, começaram a pintar quadros com cenas da vida do dia a dia.
Já não se tratavam de santos ou outras cenas religiosas mas sim de pessoas normais, fazendo as suas tarefas diárias.
Este tipo de pintura tem o nome de pintura de género.
Vamos ver algumas destas pinturas dos mestres flamengos.
As pinturas de Jan Steen retratam estas cenas de pessoas nos seus trabalhos ou em festas e diversões.
Repara no pormenor dos diferentes tipos de pães.
Os detalhes na pintura flamenga
Agora vejam a atenção aos pequenas detalhes que Jan Steen coloca nesta pintura de uma festa.
Carrega nos pontos para ver alguns destes detalhes.
O detalhe do cesto com a galinha
Todos se divertem. Repare no brinquedo
A diversão de crianças e adultos
Parece que uma criança perdeu um sapato a alguém deixou cair uma colher
Vermeer – o grande mestre da pintura flamenga
Um dos mais fantásticos pintores deste período foi Johannes Vermeer.
Vamos também ver como ele trata os pequenos detalhes no famoso quadro “A Leiteira”.
Reparem na minucia deste cesto
O aspeto concentrado da leiteira a realizar a sua tarefa
Os pães em cima da mesa completam a cena
Não falta um pequeno aquecedor e o pormenor dos desenhos nos azulejos do rodapé
A casa retratada por Vermeer não é nova. O pintor reproduz até os pregos, as manchas e os buracos da parede
Ainda de Vermeer
A intensa beleza dos trabalhos de Vermeer reside na estrutura precisa e laboriosa.
O artista jamais lhes dá um aspeto elaborado ou duro.
Como na fotografia, as telas parecem retratos instantâneos, capturas inesperadas da vida de todos os dias.
Assim como um fotógrafo utiliza ferramentas de edição para dar efeitos de leveza e suavidade, o autor da “Mona Lisa do Norte” atinge simultaneamente estes efeitos.
Sem que desta forma perca a precisão, a solidez e a densidade nas suas construções pictóricas.
Vermeer faz-nos ver o sereno encanto de uma cena simples com novo vigor.
É possível ter ideia dos sentimentos do artista ao observar a inundação de luz vinda da janela, a banhar de realce cada cor, textura e forma.
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