Este artigo tem por objetivo dar a conhecer as ferramentas de inventário do patrimonio imaterial disponibilizadas pela DGPC (Direção Geral do Património Cultural).
Pensamos que todas as iniciativas e ferramentas que visam a salvaguarda do patrimonio cultural imaterial são de grande importância. Sejam iniciativa de organismos nacionais ou de centros locais, ONGS ou privadas.
Assim, gostaríamos também de apelar ao intercâmbio de iniciativas ou ferramentas para a salvaguarda do património imaterial. Pode nos comentários partihar projetos, iniciativas ou ferramentas que tenham o mesmo propósito.
Obrigado!
Imagem de capa – Festa dos Rapazes de Lazarim, Trás-os-Montes, Portugal. A Festa dos Rapazes ocorre em várias aldeias do Norte de Portugal entre 24 de Dezembro e 6 de Janeiro. Protagonizada pelos rapazes solteiros da aldeia e associada ao culto de Santo Estevão. Integra várias etapas como rondas e peditórios. Destaque para as loas, em que os rapazes referem acontecimentos do ano na aldeia, normalmente com caráter de critica social. Saiba mais.
A inventariação do património imaterial constitui um dos mais importantes passos para a sua salvaguarda.
Neste sentido a DGPC tem vindo a desenvolver um projeto de inventariação do património imaterial integrando ferramentas digitais. O kit de recolha do património imaterial “é passível de utilização quer em contexto escolar, em particular nos 2.º e 3.º ciclos de escolaridade, quer em atividades formativas e pedagógicas promovidas por outras entidades, nomeadamente os Museus, através dos respetivos Serviços Educativos.”
Sobre o Kit de recolha
“O Kit de Recolha de Património Imaterial foi concebido como instrumento destinado a promover a valorização do PCI por parte dos jovens, assim como a promover a iniciativa e/ou participação destes em ações de salvaguarda do património da respetiva comunidade.
Para além das Fichas para registo de manifestações de PCI (Saberes e Ofícios Tradicionais; Tradições Festivas; Tradições Orais), o Kit integra igualmente Fichas para registo de património material. Pretende-se assim sensibilizar os jovens para a necessidade da abordagem integrada do Património Imaterial e do Património Material, tal como preconizado pela UNESCO e como sublinhado pela legislação nacional para o setor do PCI.
O Kit é passível de utilização quer em contexto escolar, em particular nos 2.º e 3.º ciclos de escolaridade, quer em atividades formativas e pedagógicas promovidas por outras entidades, nomeadamente os Museus, através dos respetivos Serviços Educativos.
O Kit destina-se a ser utilizado igualmente como instrumento para a promoção do diálogo intercultural, nomeadamente em contexto escolar ou museológico. O Kit sensibiliza os jovens para o facto de, tal como expresso na legislação nacional, serem consideradas como Património Imaterial não apenas as tradições inscritas no tempo longo da cultura popular portuguesa, mas também as tradições das comunidades de origem não portuguesa radicadas em Portugal, que constituem importante fator da sua identidade.
O Kit foi concebido sobretudo para aplicação a nível local, promovendo a interação dos jovens com os elementos da comunidade (aldeia, freguesia, bairro, etc.), assim como o conhecimento aprofundado e a valorização do seu Património Imaterial.”
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