Os azulejos têm atualmente ampla utilização como revestimento e elemento decorativo em variadíssimas tipologias de espaços.
Das fachadas exteriores ao interior das habitações, em cozinhas ou casas de banho, em átrios de locais públicos ou integrados urbanisticamente como elemento decorativo de ruas e praças.
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Conheça os primórdios e os primeiros azulejos conhecidos
Pelas suas caraterísticas de proteção e de durabilidade e pela sua capacidade de integrar desenho e policromia o azulejo é preferido em muitos espaços.
Encontramos exemplares de azulejos em vários países e continentes sendo que em Portugal e Espanha se encontram alguns dos mais belos exemplares.
Também por toda a América do Sul temos obras de arte azulejares de grande beleza.
Trata-se de Património Integrado que importa salvaguardar e conservar pois reflete a história da arte ao longo dos tempos. A preservação do património azulejar tem sido objeto de várias iniciativas por todo o mundo e a sua conservação e restauro requer técnicas e métodos adequados.
Primórdios dos azulejos
Ao longo dos tempos os revestimentos de azulejos – peças de cerâmica vidrada – assumiram várias formas e cores.
Na Antiga Mesopotâmia
Teremos de recuar à antiga Mesopotâmia para encontrar os primeiros vestígios de utilização de azulejo de revestimento.
Reconstituição da Porta de Ishtar, Museu de Pérgamo, Berlim
A Porta de Ishtar, a oitava porta da cidade de Babilônia. Foi construída por volta de 575 a.C. por ordem do rei Nabucodonosor II no lado norte da cidade.
Podemos ver fileiras de azulejos azuis brilhantes mesclados com faixas de baixo-relevo ilustrando dragões e auroques nesta reconstituição do Museu de Pérgamo em Berlim.
No Oriente
No Oriente encontramos ao longo dos séculos vários e belos exemplares de revestimentos cerâmicos. Pode ver alguns deles nas imagens seguintes.
Templo do Céu, China | 1420
Tumúlo de Akbar | India | 1605-1613
Taj Mahal | India | 1632-1653
No Mundo Islâmico
No mundo islâmico os azulejos foram amplamente utilizados encontrando-se fantásticos exemplares desta arte, com diversas técnicas de decoração.
Na Península Ibérica
Por influência islâmica os azulejos começam a ser utilizado no sul da Península Ibérica (Andaluzia) a partir do Sec. VII. Alguns edifícios do califado de Córdova e do Reino de Granada são disso exemplo.
Pode conhecer a Cronologia da Presença Muçulmana na Península Ibérica no E-book.
Sevilha foi, até meados dos Sec. XVI o grande centro produtor de azulejos da Península Ibérica, utilizando-se sobretudo as técnicas de corda-seca e aresta.
Os primeiros revestimentos azulejares que encontramos em Portugal são importados de Sevilha.
Corda Seca
Aresta
A técnica da majólica
O desenvolvimento da majólica (técnica que permitia pintar diretamente sobre o azulejo), surgida na Itália e rapidamente divulgada na Flandres e na Península Ibérica, abriu, a partir do Sec. XVI, um enorme leque de possibilidades criativas ao nível do desenho e da pintura permitindo a representação de cenas figurativas.
Até hoje os a história do azulejo segue de mão dada com a história da arte e com a história da arquitetura e urbanismo.
Conservação e Restauro de Azulejo
O curso técnico de conservação e restauro de azulejo sistematiza os métodos e procedimentos de intervenção, exemplificados com estudos de caso.
Utiliza-se um método ativo, ilustrado com imagens e vídeos tutoriais das diversas fases de intervenção.
No final deste curso técnico de conservação e restauro de azulejo vai ficar apto a reconhecer as principais patologias em azulejos e suas causas.
Vai conhecer os princípios éticos e deontológicos internacionalmente aceites.
Vai conhecer, através da análise de intervenções reais realizadas por técnicos de restauro de azulejo , os métodos de intervenção, técnicas e materiais aplicáveis em situações diferenciadas.