O que é restauro e conservação de património ?

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O que é restauro e conservação de património cultural? Quais as diferenças? Quais os limites de intervenção?

É frequente surgirem dúvidas quanto aos termos utilizados para denominar o conjunto de intervenções que pretendemos efetuar em património histórico. Confundem-se com frequência o que são tratamentos de conservação e de restauro.

E são esses conceitos  – restauro e conservação – que vamos clarificar.

A partir do curso online Preservação de Livros e Documentos.

Conceitos de restauro e conservação

Integram a Conservação de Património Cultural os seguintes conceitos. Estes correspondem a diferentes níveis de atuação sobre o objeto.

Conservação Preventiva

– Conservação Interventiva e curativa

 – Restauro

A Conservação

O que é “Conservar”? Uma rápida pesquisa no dicionário informa-nos que conservar se traduz por “Manter [algo] em bom estado”. Poderemos, portanto, considerar a Conservação como sendo uma disciplina que abrange diversos níveis de intervenção, cada um com determinadas especificidades, tendo todos eles como finalidade preservar um ou vários objetos.

Mais adiante neste artigo vamos analisar estes 3 conceitos e o tipo de intervenções de restauro e conservação que integram.

Carregando no link abaixo pode analisar as especificações relativas a estes conceitos no site do ICOM (International Council of Museums).

Quais são as intervenções de restauro e conservação de cada nível. Os exemplos que se apresentam referem-se a intervenções em livros e documentos mas são aplicáveis em qualquer tipo de obra de património material.

Conservação preventiva

As intervenções de conservação preventiva têm como principal objetivo criar condições que ajudem a evitar a ocorrência de danos. Evitar perdas nos bens e contribuir para abrandar o ritmo de envelhecimento dos materiais. Alguns exemplos de intervenções de conservação preventiva são:

– a higienização dos objetos e dos espaços onde estes circulam e são armazenados;

– o correto manuseamento e acondicionamento de livros e documentos;

– o controlo das condições ambientais envolventes, tal como os níveis de temperatura e humidade relativa do ar.

Apesar das intervenções de conservação preventiva geralmente não produzirem resultados visíveis nas peças, estas ações de prevenção são absolutamente essenciais para manter as coleções em bom estado, evitando danos, perdas e gastos desnecessários com intervenções mais profundas e intrusivas.

Conservação Interventiva

No caso de já terem ocorrido danos ou de haver danos em curso, podem aplicar-se medidas de conservação interventiva que contribuam para interromper processos de degradação e estabilizar o material.  Reduzindo desta forma o risco de ocorrerem novos danos. Este tipo de intervenção pode ser fundamental para manter a coesão dos vários elementos de um livro, por exemplo, até que se pretenda eventualmente realizar uma intervenção mais profunda (restauro)Estas intervenções funcionam como “primeiros-socorros”.

Alguns exemplos de intervenções de conservação interventiva são:

– a planificação de folhas dobradas,

– a consolidação de zonas fragilizadas do papel,

– a reparação de rasgões em papel,

– a reintegração de folhas e encadernações destacadas,

– a desacidificação.

Restauro

Restauro é um termo frequentemente utilizado para referir intervenções de conservação e restauro em geral. No entanto, o restauro tem como principal objetivo especificamente devolver o aspeto e/ou a função original, em parte ou na íntegra, do material a restaurar.

Alguns exemplos de intervenções de restauro em livros e documentos gráficos são:

– a reencadernação,

– o preenchimento de lacunas (nas folhas ou na encadernação),

– o reavivamento de textos e de ilustrações.

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