Após o início do processo de expansão marítima português, assinalado com a conquista de Ceuta em 1415, e ao longo de todo o século XV os portugueses aprofundaram o seu conhecimento da navegação ao longo da costa ocidental africana; aprenderam mais sobre o regime de ventos; treinaram o cálculo da latitude a partir da inclinação solar; dobraram o Cabo da Boa Esperança, em 1488, e acabaram, assim, por controlar a navegação e as rotas marítimas comerciais no Atlântico sul. Foi a “Idade de Ouro” da Marinha portuguesa.
Consequentemente, no início do século XVI, em particular durante o reinado de D. Manuel I, entre 1495 e 1521, ocorreram profundas alterações na sociedade portuguesa devido à descoberta do caminho marítimo para a Índia e à criação de um Império ultramarino gigantesco cujas fortalezas e entrepostos comerciais se estendiam do litoral do recém-descoberto Brasil até às possessões portuguesas no Oceano Índico, passando pela costa ocidental e oriental de África e terminando no Extremo Oriente (Macau e Japão).
Os portugueses contactaram com outros povos, ficaram maravilhados e entusiasmados com as descobertas de novos produtos e tomaram consciência da diversidade da natureza e das civilizações. Houve uma aprendizagem intensa e recíproca.
Assim, neste curso que tem por título “Os Descobrimentos Portugueses: novos saberes, novos sabores”, ficará a saber mais sobre:
- As consequências científicas, sociais, culturais e artísticas motivadas pelo processo de expansão marítima português ocorridas nos séculos XV e XVI.
- As modificações que as descobertas portuguesas produziram na visão do mundo e no esquema mental medieval dos povos europeus.
- As alterações que a chegada de novos produtos exóticos, vindos dos territórios descobertos, provocaram na vida quotidiana dos portugueses e dos restantes europeus.
- As consequências materiais e culturais, para os povos dos territórios descobertos, resultantes dos contactos comerciais com os portugueses.