O papel marmorizado utiliza um método de pintura que pretende imitar os efeitos naturais do mármore e de outras rochas.
É graças a flutuação de tintas sobre um meio líquido que são adquiridos tais motivos.
Para capturá-los para o papel, é usada uma técnica de impressão análoga à monotipia, pressionando a folha sobre a superfície do líquido.
Assim, a fluidez das formas é transportada para o papel, podendo dai em diante perdurar no tempo.
Neste artigo fique a saber o que é o papel marmorizado e conheça a técnica de execução. Pode aprofundar os seus conhecimentos no curso online com certificado.
O que é o papel marmorizado
Como mencionado a marmorização do papel é um método de pintura utilizado para imitar os efeitos naturais do mármore e de outras rochas.
A partir do principio básico de execução – flutuação de tintas num meio líquido – foram desenvolvidas ao longo do tempo diversas formas de execução de papel marmorizado com a utilização de diversos meios líquidos.
Vamos conhecer alguns dos mais frequentes neste artigo.
Padrões sempre originais
Uma particularidade deste tipo de impressão é o facto do papel marmorizado não criar um duplicado fiel da matriz original (ao contrário da impressão sobre superfície sólida).
Na passagem para o papel, as tintas frequentemente se misturam, fazendo surgir efeitos surpreendentes, imprevisíveis, mas sempre deslumbrantes.
Sendo que a maioria da tinta é transferida para o papel durante o processo de impressão, cada papel marmoreado é também um original único, não havendo a possibilidade de fazer outro exatamente igual a partir da mesma técnica.
Onde surgiu o papel marmorizado
Tradicionalmente, o papel marmorizado era utilizado para escrita (no Extremo oriente).
Surge no Japão com o nome Suminagashi (Sue -Me-NAH-Gah-She), que significa literalmente “tinta flutuante”.
No ocidente o papel marmorizado era aplicado na encadernação de livros, nomeadamente nas contraguardas.
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A técnica de papel marmorizado
O papel marmorizado é um processo no qual podem ser utilizadas tintas aquosas, a óleo, pigmentos ou corantes e que em flutuação sobre um meio aquoso, geram efeitos fluidos que são depois impressos numa folha de papel.
Existem dois tipos de base onde as cores podem ser colocadas em flutuação:
- água pura
- água com um agente espessante.
Qual a diferença
A diferença entre eles, reside no facto de, no primeiro caso, ser possível tirar um maior partido dos motivos soltos produzidos naturalmente pelo movimento da água e no segundo caso, criar formas e desenhos, sem contudo perder os efeitos sinuosos do meio liquido.
Quanto mais viscoso for o substrato, mas facilmente se podem trabalhar as formas que serão depois transpostas para o papel.
Que substâncias podem ser utilizadas
Existem várias substâncias que se podem utilizar para dar viscosidade à base. Abaixo são apresentadas algumas delas.
Todas elas usam a água pura como solvente, pois a dureza da água influencia o processo.
Goma adragante:
A goma adragante (também chamada de goma de tragacanto ou alcatira) é originária da planta Astragalus Gummifer, sendo obtida do seu caule por exsudação. As “lágrimas de tragacanto”, assim chamada a substância expelida para defesa da planta, podem ser vistas á venda, purificadas e refinadas, em lojas de produtos alimentares especializadas, algumas drogarias, lojas de produtos naturais, ervanárias e algumas lojas de produtos para artistas. É muito utilizada para a confecção de cobertura de bolos e é também usada como ligante na confecção dos pastéis secos para pintar. É oriunda das regiões centro-africanas e do Médio Oriente, sendo o Irão um dos seus maiores exportadores mundiais. É conhecida por ser tradicionalmente utilizada nos marmoreados orientais.
Carragenina:
Apelidada em inglês de carrageen moss, irish moss ou carrageenan. Consiste numa mistura de polissacarídeos comumente utilizada como espessante ou emulsionante em produtos alimentares. É extraída de uma alga vermelha encontrada nos mares e oceanos da Europa, da Ásia e da América do norte. O nome da alga da qual deriva, é a Carragena. Pode ser encontrado escrito de diversas formas como carrageen, carragheen ou carageen. A carragenina está disponível em ervanárias, lojas de produtos para confecção alimentar especializadas e lojas de medicina natural. É tradicionalmente utilizada na confecção de marmoreados ocidentais.
Amido de milho:
Disponível em pó nas lojas de produtos alimentares, pronto a dissolver.
Ésteres de celulose:
metilcelulose (como o Methocel® ou Mecellose®), CMC (ou carboximetilcelulose), Tylose® (metilidroxietilcelulose) entre outros na mesma linha. Podem ser encontrados em lojas de produtos alimentares específicos (que fornecem as confeitarias), papelarias/lojas de artigos para produções artisticas e ainda em algumas drogarias. Existem outros ésteres de celulose comuns, comercializados em lojas de construção, como a cola de papel de parede Metylan®.
Gelatina:
Proteína animal ou vegetal, comercializada em folhas de teor neutro e muito utilizada na culinária comum. Disponível em qualquer grande superfície comercial. É um bom espessante para a água.
Em questões de facilidade em adquirir, os ésteres de celulose, o amido e a gelatina serão os mais acessíveis e económicos.
Veja um exemplo de realização de papel marmorizado
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