Os Alpes da Baviera, perto da cidade de Füssen e da fronteira com a Áustria, foram o local eleito pelo rei Ludwig II para um dos seus retiros oníricos, o Novo Castelo Hohenschwangau, mais conhecido por Castelo de Neuschwanstein após a sua morte.
A fortaleza dos contos de fada de Luís II da Baviera está nomeada para uma das sete novas maravilhas do mundo.
Eleva-se entre os picos nevados dos Alpes, numa imponente ravina onde se destacam, entre a vegetação, os pináculos que rematam as torres deste projeto tão grande como dispendioso, que debilitou bastante a economia alemã.
Texto de Diana Ferreira, autora dos cursos online:
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Castelo de Neuschwanstein
O Castelo de Neuschwanstein
O retiro romântico inspirado no mundo poético e nas sagas da Idade Média, foi dedicado ao compositor Richard Wagner, de quem o monarca era mecenas, e erigido sobre as ruínas de dois pequenos castelos medievais, produzindo um belo exemplar que reúne a arquitetura, a natureza e a arte numa única obra, representante do Romantismo.
Luís II da Baviera
Após a derrota da Baviera e da Áustria contra a Prússia em 1866, Luís II ficou subjugado politicamente ao seu tio prussiano, deixando de ser soberano, o que o induziu a criar um mundo seu, alternativo, onde poderia viver como rei da Baviera, num ambiente da Idade Média e do barroco absolutista.
Esta foi a sua intenção por detrás dos seus vários castelos que mandou erigir.
Encarregou o pintor cenógrafo do teatro de Munique, Christian Jank, de criar o Castelo de Neuschwanstein baseado nas fantasias do monarca.
A construção do Castelo de Neuschwanstein
No verão de 1868, iniciaram os trabalhos de preparação do terreno e fundação a 1008 metros de altura, que obrigaram a escavar oito metros na rocha.
Em junho de 1869 terminam o caminho de acesso ao monumental edifício e, só a 5 de setembro realizaram a cerimónia da colocação da primeira pedra.
Para a sua construção utilizaram-se os meios mais modernos a nível material e técnico, como as gruas que funcionavam com mecanismos acionados por máquinas a vapor e a Sala do Trono revestida a ferro.
Só em maio de 1884, o seu quarto estava completo e foi possível ao rei pernoitar no castelo pela primeira vez.
Por altura da sua morte, em 1886, apenas um terço do gigantesco projeto estava concluído.
As obras pararam momentaneamente e seguiram sob a direção do arquiteto Julius Hofmann até 1892, numa versão mais simplificada do projeto.
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